* A denominação “grupos áulicos” tem origem na palavra “aula”, ou seja, são grupos organizados para o trabalho em aula. “Grupos áulicos: a interação social na sala de aula – Porto Alegre – GEEMPA, 2005”
Incrível o que é capaz de fazer a eleição de coordenadores e formação dos grupos áulicos em uma turma!
Realizei hoje com a turma da manhã e mais uma vez, um espetáculo de aula!
A postura deles muda completamente!
Primeiro, ao visualizarem os gráficos de escada oriundos da análise do desempenho dos alunos na aula-entrevista**, eles percebem que há um retorno da sua avaliação, que a professora conhece o seu processo e essa atitude gera um clima de confiança entre ambos. A professora porque sabe que as hipóteses são movimentos inteligentes na elaboração de problemas e acolhe a todas elas e o aluno porque se sente acolhido e seguro em suas capacidades de seguir adiante.



A eleição de coordenadores e formação de grupos áulicos geempiana não fará nenhum efeito se usada apenas como uma técnica “democrática” de organização dos grupos de trabalho em sala de aula. Ela precisa ser entendida como uma ação que tem muitas bases teórico-práticas envolvidas, sendo algumas delas, a consideração dos erros como hipóteses de um processo inteligente, a certeza de que "Todos Podem Aprender se devidamente provocados" (Esther Grossi), o entendimento de que a aprendizagem é algo que acontece socialmente, em grupo e finalmente que todo o grupo, para ser grupo mesmo, produtivo, precisa de um coordenador.
** Aula-entrevista é um momento de interação entre professor e aluno, que ocorre individualmente com cada alfabetizando,em diferentes momentos do ano letivo e que consiste na realização de 10 tarefas relacionadas ao campo-conceitual da alfabetização. “Aula-entrevista: caracterização do processo rumo à escrita e à leitura – Porto Alegre:GEEMPA, 2010”